sexta-feira, 7 de junho de 2013



Sinto falta de ser bicho solto. De ser passarinho que voa por ai, que viaja mundo a fora. Passarinho que pousa onde quer, e vai embora quando a vontade bate. Sinto falta de abrir minhas asas, de planar voos penhasco a baixo. Aperta-me o coração lembrar da liberdade, aquela liberdade sufocada nessa gaiola que me sujeitei a entrar, gaiola qual sou prisioneira, bicho preso, gaiola cuja porta está aberta, entretanto, esqueci de como é o mundo distante dela. Esse cárcere deu a mim uma natureza diferente, uma natureza reclusa, submissa, de tal  modo que não avisto mais autonomia, confiança ou soberania. Cá estou eu, vendo a vida correndo, vendo o tempo passando e minha asas atrofiando. Cá  estou eu, com a gaiola aberta, mas sujeita a ser cativa de meu próprio eu receoso.

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